Nos primeiros anos de vida, os estímulos sensoriais e o contato físico são fatores propulsores para o seu desenvolvimento.
A interação entre a mãe e o bebe é fundamental, ao qual dá a origem a uma relação especial e única, para toda a vida. Sabe-se que é a partir dos desejos maternos depositados sobre o bebê, sobre seu corpo, através de toques, olhares e especialmente o brincar - brincadeiras significantes que originará a constituição psíquica. Portanto, para que uma criança se constitua relativamente bem, é necessário que brinque simbolicamente. O brincar é constituinte na infância, é uma resposta da criança à constituição. É a forma que a criança tem de começar a tecer ativamente uma rede singular de representações a partir daquilo que a marcou. Deste modo, já há ali um sujeito que começa a produzir suas respostas singulares através do brincar.
Através do brincar a criança inicia o processo de autoconhecimento, da sua relação com o Outro e com o meio. Cria assim, relações necessárias para interagir com o mundo. O brinquedo é um objeto ou uma atividade lúdica que a criança pode usar no ato de brincar. Os brinquedos também são de vital importância para o desenvolvimento da criança, pois propicia o desenvolvimento simbólico, estimula a sua imaginação e a sua capacidade de raciocínio. Os brinquedos, como a brincadeira em si, oferecem entretenimento. Ao mesmo tempo em que cumprem um papel educativo, auxiliam no desenvolvimento das habilidades físicas e mentais que serão suporte ao longo da vida.
Nos primeiros anos de vida, os estímulos sensoriais, o contato físico, o afago e o olhar comunicativo para com as crianças são fatores propulsores para o seu desenvolvimento. A criança traz consigo o impulso da descoberta, da curiosidade e do querer aprender. As brincadeiras e os brinquedos alimentam o espírito imaginativo, o exploratório. As experiências que vivenciamos na infância deixam marcas profundas em nossas vidas, nos nossos hábitos, gestos e costumes. Estas experiências passam a fazer parte da nossa história, integram a nossa personalidade.
Brincar é um movimento essencial para a criança. A brincadeira faz parte do seu universo, é a forma com que ela descobre e compreende o mundo que a cerca.
Oportunizar o brinquedo é respeitar a cultura infantil e, sob a ótica da aprendizagem, permite a apropriação de bens culturais, desenvolve a iniciativa e permite que a criança expresse seus desejos e internalize as regras sociais.
A brincadeira do faz de conta tem uma grande significação na vida da criança. No faz de conta brincar é uma verdade, é uma atitude frente à realidade, é uma ação em que a criança toma conta, se envolve no tempo e no espaço, transformando cada brinquedo ou brincadeira em um recurso de aprendizagem.
Como vocês pais, estão interagindo com seu filho (a)? Há tempo para brincarem juntos?
O apoio e a presença dos pais neste processo é de extrema importância para o desenvolvimento psíquico da criança! Eleva a auto-estima da criança e ajuda na participação escolar. O apoio familiar é condição básica para uma educação fortalecida e exitosa.
Muitas variáveis tem comprometido fortemente esta célula básica, que foi ao longo de muitos anos mais estável e com papéis mais definidos. Hoje a configuração da família fica bastante diversa, muitas vezes os pais são substituídos por avós e por outras pessoas no caso de serem separados ou trabalharem fora de casa. Pensar em criança na escola, nos remete a responsabilidade da família e sua constante parceria com a instituição educacional que escolher. A criança inicialmente deve contar com o apoio da família e suas expectativas de escolarização. Temos que entender, que dentro dessa nova configuração, projetos de vida e escolarização são um compromisso da família, os pais devem participar intensamente das conquistas de seu filho, através do brincar, acompanhando os estudos e tarefas, incentivando e auxiliando-os continuamente.
A presença da família na vida da criança, bem como nos aspectos escolares como participar das reuniões, conversar com os professores e se engajar na escola para melhorias deve ser compromisso permanente. Ao entendermos que estar presente, estimular, participar de projetos, brincadeiras e ter uma atitude mais proativa frente à criança teremos como resultado, filhos mais engajados, produtivos e participativos.
Por Vanessa Nitzche
Pedagoga e Psicóloga CRP 07/21265
Graduada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ
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